A capitalização das empresas é “imperativo nacional”, defendeu Maria Salomé Rafael, presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém, durante uma sessão de apresentação dos instrumentos financeiros da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD).
“A IFD é uma instituição de grande importância para as empresas deste país e da região do Ribatejo e nela depositamos todas as nossas expetativas no que diz respeito à resolução dos problemas de capitalização e de financiamento das empresas”, disse Maria Salomé Rafael na sede da Nersant, em Torres Novas, perante uma plateia de mais de 50 empresários.
No entanto, o tecido empresarial “não pode deixar de ficar preocupado quando dois dos instrumentos da IFD – os fundos de capital de risco e as operações de capital reversível – têm uma comparticipação de 50%, sendo que a mesma percentagem tem que ser garantida pela banca, que está, evidentemente, com grandes problemas de financiamento às empresas”, alertou a responsável.
“Embora os instrumentos da IFD sejam muito importantes, de facto, a funcionarem desta forma, servem de muito pouco e não resolvem os problemas de capitalização das empresas”, lamentou Maria Salomé Rafael.
No que diz respeito ao financiamento às operações de capital reversível, para a presidente da Nersant “é inadmissível que só esteja previsto no PO Regional Norte. É fundamental que este instrumento de capitalização seja aplicado e esteja disponível em todas as NUT’s do país!”.
A direção da associação empresarial ribatejana já enviou a sua posição a diversos organismos nacionais com responsabilidade nestas matérias.
“É importante a continuidade da IFD, mas é importante que estes instrumentos sejam alterados, de modo a que possam responder às reais necessidades das empresas”, concluiu a responsável, afirmando que, do mesmo modo que é necessário alterar o funcionamento dos instrumentos da IFD, é também importante alterar o modo de funcionamento dos fundos comunitários.
“Existem pagamentos QREN que ainda não foram efetuados, assim como a taxa de reprovação de candidaturas ao Portugal 2020 aumentou em relação a anos anteriores”, referiu.