Segundo a agência Lusa, que avança a notícia, o projeto, financiado a 100% no âmbito da iniciativa para a melhoria das condições de segurança das barragens, do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), pretende garantir o cumprimento do Regulamento de Segurança de Barragens, quanto ao restabelecimento da total operacionalidade dos equipamentos, na albufeira de Magos, que ocupa uma área de 90 hectares.
As obras abrangem a beneficiação do descarregador de cheias, da descarga de fundo e tomada de água, a substituição das comportas e implementação de comando à distância, a instalação de sonda de medição do nível da albufeira e de medidor de caudal na conduta de descarga.
As obras inserem-se numa estratégia global mais vasta no combate à seca e às alterações climáticas e permitem concretizar um compromisso com várias décadas, assumidos no Plano de Ordenamento da Albufeira de Magos (POAM) em 2008, sendo que a gestão eficiente da água é um dos fatores fundamentais de coesão e resiliência do território.
Em resposta à Lusa, a Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia (ARBVS) afirma que as obras a realizar visam a adaptação da Barragem de Magos “às exigências do atual regulamento de segurança de barragens, concretamente televigilância, telecontrole, sistemas de alerta e garantia de segurança e sistema de aviso”.
A associação avançou com a candidatura para a empreitada, no aviso que esteve aberto de dezembro de 2021 até 05 de abril último, na sequência do projeto de execução para a melhoria das condições de segurança da Barragem de Magos, o qual contou com um financiamento de perto de 74 mil euros.
A ARBVS é responsável, desde 1959, pela administração, conservação e exploração da Obra de Rega do Vale do Sorraia, abrangendo atualmente uma área de 16.351 hectares nos concelhos de Ponte de Sor, Avis (ambos no distrito de Portalegre), Mora (Évora), Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente (todos do distrito de Santarém).
A Barragem de Magos, concluída em 1938, foi a primeira albufeira destinada ao regadio de grandes dimensões a ser construída em Portugal. Está em funcionamento há mais de oito décadas e permite a rega de cerca 500 hectares.