Dom, 1 Dezembro 2024

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Nersant quer colocar empresas na economia digital

A Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) apresentou esta terça-feira, 15 de janeiro, aos empresários da região, o Programa PME Digital, uma iniciativa do Ministério da Economia e do Emprego que tem como objetivo colocar as micro e pequenas e médias empresas na economia digital de forma simples e sem burocracia.

A simplicidade de acesso à economia digital é uma das principais vantagens deste programa. O programa PME Digital é composto por uma rede de parceiros, que elaboraram diversos pacotes à medida de cada negócio, e cuja informação detalhada está disponível no site da iniciativa (www.pmedigital.pt).

Para as empresas com maiores dificuldades na hora da escolha do pacote mais adequado, o site dispõe da área “ajude-me a escolher”, que, através da resposta a um questionário, anunciará as soluções mais viáveis para a empresa em causa.

João Baracho, assessor da direção do ACEPI (Associação do Comércio Eletrónico e Publicidade Interativa) e coordenador do programa PME Digital, lembrou que atualmente, mais de metade da população portuguesa utiliza a internet, em muitos dos casos para a consulta e compra de produtos e /ou serviços.

No entanto, segundo o mesmo responsável, as micro e PME’s portuguesas não estão a aproveitar esta nova tendência de consumismo: apenas metade das microempresas têm acesso à internet; menos de 20% tem uma página na internet; e pouco mais de 5% faz vendas através da internet.

Os dados facultados na sessão são arrebatadores, especialmente quando João Baracho referiu que “as PME que utilizam a internet de forma intensiva crescem e exportam duas vezes mais que as outras e que 75 % da economia digital resulta da atividade de indústrias tradicionais”.

 

Casos de Sucesso

O caso da empresa Comcortiça é um claro exemplo do que as empresas podem fazer na internet. As irmãs Susana e Rita Oliveira, cuja ideia de negócio resultou do aproveitamento do excedente de cortiça de uma fábrica, para a confeção de malas, depressa perceberam que este negócio tinha pernas para andar e decidiram construir um site com loja online (www.comcortica.com).

“O nosso objetivo era que a população nacional conhecesse e usasse este material tão português”, explicaram as empreendedoras, ao mesmo tempo que deram a conhecer a organização do seu site. “No portal mostramos o nosso catálogo, apresentamos a cortiça e as suas particularidades, identificamos as lojas onde vendemos, explicamos quem somos e o que fazemos, aceitamos sugestões de clientes, poupamos na distribuição, publicidade e recursos humanos, sabemos quem compra, o quê, quando e como, criamos bases de dados, enviamos newsletter’s e promoções e fazemos a nossa gestão de stocks”, explicaram.

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