“Beterraba pós 2015 – o regresso?” foi o nome do debate realizado em Coruche, na segunda-feira, 21 de janeiro, onde os agricultores da região manifestaram a sua disponibilidade para voltar a cultivar esta planta herbácea, cujo colo serve para a produção de açúcar.
Promovido pela Associação Nacional dos Produtores de Beterraba (Anprobe) e pela empresa DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, este encontro serviu para analisar a possibilidade de Portugal voltar a produzir a beterraba em 2015, depois de, em 2006, a Comissão Europeia ter decidido reduzir a quota nacional de produção às empresas do sector.
Segundo os representantes da DAI, esta decisão foi insuficiente face às necessidades da Europa, existindo neste momento uma janela de oportunidade para se produzirem mais 600 mil toneladas.
Portugal, que até possui novas áreas de regadio, caso do Alqueva, deverá mostrar-se como candidato a uma quota e voltar a produzir beterraba em 2015, sobretudo para a indústria açucareira.
Foi o próprio presidente da Anprobe, Manuel Campilho, quem falou sobre a proposta da Comissão, do Parlamento Europeu e da possibilidade do regresso da cultura a Portugal, tendo cabido ao presidente da DAI, José Cabrita, uma apresentação sobre a realidade do mercado europeu do açúcar e as suas perspetivas futuras.
Vasco Cunha, deputado do PSD eleito pelo distrito, presidente da Comissão Parlamentar da Agricultura e um dos responsáveis políticos que tem defendido o regresso à produção, foi uma das presenças neste encontro que reuniu perto de 150 agricultores e agentes do sector no Observatório do Sobreiro e da Cortiça.
Sendo a beterraba uma atividade com forte expressão económica no concelho de Coruche, o presidente da Câmara Municipal, Dionísio Mendes, manifestou a disponibilidade da autarquia para apoiar o relançamento desta cultura e de outras atividades subsidiárias.