As dificuldades de acesso ao crédito bancário sentidas pelas pequenas empresas do mundo rural marcaram a visita do ministro da Economia à Feira Nacional da Agricultura, onde Álvaro Santos Pereira ouviu vários produtores queixarem-se dos constrangimentos provocados pela falta de financiamento à sua atividade.
No final do périplo pelas naves do Cnema, o ministro reconheceu que o problema existe e está a criar entraves ao desenvolvimento da economia nacional, e destacou a importância da nova Instituição Financeira de Desenvolvimento, que foi publicada em Diário da República esta sexta-feira, 14 de junho.
"Precisamos baixar os spreads das nossas PME's e dar-lhes mais liquidez para criar emprego, investir e criar riqueza", afirmou Álvaro Santos Pereira, reconhecendo que esta tem sido uma questão recorrente nos seus contatos com o mundo empresarial.
Sobre o Instituição Financeira de Desenvolvimento, ou Banco de Fomento, que afinal vai ser uma agência financeira especializada financiada pelo Banco Europeu de Investimentos (BEI), o ministro explicou que o governo está a otimizar o seu modelo de funcionamento para que arranque já no próximo ano.
"Precisamos de melhorar o acesso ao crédito, mas também diversificar as fontes de financiamento das PME's ou até o acesso ao mercado de capitais", frisou Álvaro Santos Pereira, que elogiou também o papel que a agricultura tem tido na economia portuguesa.
Numa conjuntura de crise, o ministro recordou que o sector agrícola e o turismo têm vindo a crescer e, no caso da agricultura, a contribuir mesmo para o défice da balança comercial.
"Para corrigir a balança comercial, precisamos não só de exportar mais, mas também produzir mais", disse o responsável da tutela, sublinhando a importância de se consumirem cada vez mais produtos nacionais.
Álvaro Santos Pereira terminou a sua visita no stand do "Portugal Sou Eu", um programa do Ministério da Economia que visa precisamente valorizar a oferta nacional e aumentar a visibilidade dos produtos portugueses.
