O protocolo de cooperação estava assinado desde 2015, numa parceria entre a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), a Câmara Municipal de Santarém, o Agrocluster/NERSANT, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), o Instituto Politécnico de Santarém e a Universidade de Lisboa, mas só foi aprovado na semana passada pelo Programa Operacional do Alentejo.
O CEAAI consiste na recuperação, capacitação e expansão da infraestrutura tecnológica da Estação Zootécnica Nacional, que permitirá a valorização e transferência de tecnologia para os setores agropecuário e agroindustrial, de forma a reunir conhecimentos ecompetências especializadas, alojar empresas inovadoras, dinamizar eventos de divulgação, dotando-o de mais emelhores valências e competências no suporte tecnológico e laboratorial ao desenvolvimento e exportações.
O centro surge em resposta ao diagnóstico realizado, pela CIMLT, no seu Plano Territorial Integrado Lezíria 2020, que identificou, como uma das fraquezas, a insuficiente rede de infraestruturas I&D e centros tecnológicos e, como oportunidades, o alargamento das cadeias de valor da agricultura, à agroindústria e às indústrias alimentares e a aposta no reforço das infraestruturas tecnológicas atuais.
AUTARCAS SATISFEITOS
A aprovação do CEAAI deixou os autarcas da região bastante satisfeitos. O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, defende que este é “um projeto muito importante não só para a região mas para todo o país”.
O autarca revela que a autarquia acrescenta que o projeto “é estruturante” para a região e espera mesmo que seja “o renascer da Fonte Boa”, pelo que a autarquia irá entrar no investimento com cerca de 300 mil euros.
“É um projeto diferenciador que vai trazer muitas pessoas qualificadas e muita massa cinzenta ao concelho”, completa.
Já o presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Pedro Ribeiro, considera que “esta é uma grande noticia, um investimento de excelência, a pensar nas empresas e no seu desenvolvimento cientifico”.
“[É] o recuperar de um local emblemático do Ribatejo. Um investimento para uma região, sem pensar em “quintinhas”. Uma parceria com muitas entidades onde muitos se envolveram”, comenta Pedro Ribeiro, destacando o esforço de António Torres, Primeiro-Secretário da CIMT.
MAIS DE 4 ANOS À ESPERA
A formalização do CEAAI foi feita através da assinatura de um memorando de entendimento entre as várias entidades, em 18 de Dezembro de 2014. Estas mesmas entidades assinaram posteriormente, a 23 de Abril de 2015, um protocolo de cooperação, que constitui o documento de referência para o CEAAI.
OOs objetivos específicos visarão a produção e transferência de conhecimento nas áreas: Produção de alimentos (Valorização dos processos de produção vegetal e animal, incluindo subprodutos da agroindústria e outros recursos locais); Tecnologia, Qualidade e Segurança Alimentar (Melhoria da qualidade e segurança dos alimentos de origem vegetal e animal, incluindo o desenvolvimento de procedimentos de transformação e conservação); Recursos Genéticos Animais (Melhoramento e conservação das raças autóctones); Eficiência industrial (incluindo a energética, aumento da eficiência e capacidade industrial);Valorização de efluentes, subprodutos e resíduos agroindustriais(Valorização e solução de problemas ambientais, pela integração destes produtos na cadeia de valor).