Ter, 10 Setembro 2024

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O clube da aldeia que bate o pé aos grandes

mocarriense

Inserido numa população de cerca de 1.600 habitantes e com 328 sócios, que pagam uma quota mensal de 1 euro, o Centro Cultural Recreio e Desporto Moçarriense (CCRDM) tem feito um trabalho notável nos últimos anos, com excelentes prestações nos distritais e até com o apuramento de equipas de formação para os campeonatos nacionais.

Manuel  Carreira, de 46 anos, é o presidente do clube, fundado em 1 de maio de 1957, com sede na freguesia de Moçarria, concelho de Santarém. Está em funções há cerca de um ano e o mandato termina em março de 2017.

Atualmente o clube só pratica futebol, movimentando ainda assim 102 atletas de vários escalões. O património do clube inclui a sede, o campo de futebol e balneários e uma carrinha.

mocarriense manuel carreiraFinanceiramente, o Moçarriense vive com algumas dificuldades, mas para equilíbrio das finanças, conta com alguns apoios oficiais e particulares. O ano passado voltámos a ter o apoio da câmara  pela via do associativismo. A junta de freguesia também nos apoia com uma carrinha durante a época toda e este ano também nos deu uma pequena ajuda na inscrição da equipa sénior. Depois temos alguns apoios particulares onde se pode destacar o “Café chafariz”  e a “Panicarreira” que são os patrocinadores da equipa sénior. Temos também o “El Galego” que dá o nome ao nosso campo de futebol e a “Taberna do Quinzena” que apoia toda a formação”, refere Manuel Carreira.

Neste momento, o maior feito do clube, segundo Manuel Carreira, é conseguir ter sete escalões em atividade, sendo que quatro desses estão na primeira divisão distrital. Nestas quase 6 décadas de existência, o dirigente destaca um título de campeão de juniores da segunda divisão distrital, em 2015, e um título de campeão de iniciados da primeira divisão, em 2013, com a respetiva subida ao campeonato nacional.

Quanto ao recrutamento de atletas, o presidente do Moçarriense, avança que “não é nada fácil mas, mesmo assim, conseguimos ter à volta de 100 atletas e desses 70% são de fora da freguesia”.

O relacionamento do clube com a Associação de Futebol “é muito bom e com a arbitragem é completamente normal”, conclui Manuel Carreira.

 

Treinador jovem e ambicioso

mocarriense goncalo ferreiraDiogo Ferreira, de 31 anos, é o treinador da equipa sénior do CCRD Moçarriense, equipa que disputa o campeonato da 1ª divisão da Associação de Futebol de Santarém. Iniciou a carreira de treinador há 12 anos nos juvenis do Atlético Clube de Pernes, com apenas 19 anos de idade, e deste então, tem progredido numa carreira que quer levar mais longe.

REDE REGIONAL – Qual o seu percurso como treinador?

Diogo Ferreira – Comecei nos Juvenis no Atlético Clube Pernes, quando na altura começou a desenvolvimento do futebol de formação na vila de Pernes, através do Sr. Manuel Rafael e do Sr. Paulo Cintrão. No Atlético Clube de Pernes estive várias épocas começando na equipa de Juvenis e também passei pelo futebol 7. Após alguns anos voltei  ao AC Pernes sendo treinador de Juniores durante a época em que o campo do Livramento recebeu o relvado sintético. Passei também pelo Águias de Alpiarça, como treinador de Iniciados, e pela União Desportiva de Santarém, como treinador adjunto da equipa de Juvenis e de Juniores. Após estas experiências desportivas ingressei no CCRD Moçarriense como treinador da equipa de iniciados, após essa época foi a altura que aceitei novamente o convite do AC Pernes, para a equipa de juniores, e depois regressei ao CCRDM estando no clube até à data.

RR – Qual o seu nível de treinador?

DF – Neste momento sou treinador Nível II. Fui obtendo os cursos de Nível I e Nível II ao longo dos anos de treinador.

RR – Está há quantas épocas no Moçarriense?

DF – Este é o meu quinto ano no clube, sendo que os últimos quatro (contando com este) são consecutivos. Treinei duas equipas de iniciados, Juvenis e agora estou como treinador da equipa Sénior.

RR – Sendo bastante novo (31 anos) que objecivos tem como treinador de futebol?

DF – O meu objetivo no futebol como treinador é chegar a profissional. Sabendo que as dificuldades são muitas para chegar ao nível do futebol profissional vamos conquistando objetivos mais pequenos ao longo dos anos, sejam eles desportivos como pessoais.

Nos objetivos desportivos vamos alcançando com bastante trabalho e dedicação pelo treino e pela paixão pelo futebol e esses objetivos não passam apenas pela conquista de títulos, passam pela cultura do clube onde estamos inseridos, pela ambição dos mesmos aliada à nossa própria ambição e no futebol jovem passam principalmente pela formação de futebolistas e de homens.

Nos objetivos pessoais, esses até agora foram todos alcançados porque por todos os clubes que passei fui fazendo grandes amizades e tive o privilégio de privar com excelentes pessoas. Penso que ao nível do futebol amador é fundamental a criação de laços de amizade por onde passamos para nos sentirmos bem interiormente, sabendo que serei sempre bem recebido onde fui treinador. O futuro é chegar ao futebol profissional e conseguir lutar por títulos!

RR – Qual o objetivo do Moçarriense nesta época?

DF – O  objetivo da equipa sénior do Moçarriense passa pela manutenção na 1ª divisão distrital. Apesar de teoricamente sermos a equipa mais “acessível” deste campeonato a ambição da juventude que constitui o nosso plantel, o trabalho desenvolvido pelo clube ao longo destes anos e o trabalho desenvolvido esta época leva-nos a estar na lutar com vários clubes pela manutenção.

RR – Já alcançou  algum título  ou uma boa classificação final?

DF – Na primeira época de iniciados no CCRD Moçarriense conseguimos a subida à primeira divisão distrital. Na minha opinião foi o primeiro e um grande passo para nesta altura estarem todas as equipas de futebol 11 a competirem na 1ª divisão. Mais tarde fomos Campeões da 1ª divisão distrital, do escalão de iniciados, levando pela primeira vez uma equipa do CCRD Moçarriense aos campeonatos nacionais.

RR – Como são as condições de trabalho no Moçarriense, um clube de aldeia?

DF – Se falarmos de condições materiais para o desenvolvimento do treino são as básicas e as necessárias. Não temos falta de condições materiais, o único “calcanhar de aquiles” do clube é a iluminação do campo, que não é a melhor.

Se falarmos de condições humanas então este é um grande clube e não é por ter muitos recursos humanos, é porque poucos fazem muito! No passado recente as pessoas que têm passado pelo clube, que são basicamente as mesmas, e que não são muitas, têm feito um trabalho enorme para manter e desenvolver o clube, nomeadamente a atual direção do clube.

RR – Como é ser treinador de um jogador (Matias) com  42 anos de idade? Ele é uma mais valia para a equipa?

DF – O Mário Matias já trabalha comigo desde que ingressei no clube e este ano, que à partida não iria fazer parte do plantel, a meu pedido e pela nossa amizade, disponibilizou-se a ajudar a equipa como jogador. Pela sua qualidade técnica, experiência e pelo amor que ele tem ao clube claramente é uma mais valia para a equipa e para toda a estrutura do clube.

RR – Como analisa o futebol praticado no “distrital” de Santarém?

DF – Este ano o campeonato tem várias equipas de grande valia, equipas que vêm do campeonato nacional e equipas históricas do nosso futebol distrital, todas elas recheadas de grandes jogadores. O campeonato é bastante competitivo, onde na maior parte dos jogos não há certezas do vencedor.

RR – Em sua opinião qual será a equipa, ou equipas, com possibilidades de discutir o título distrital nesta época?

DF – No início da época havia um grande favorito que era o Fátima e comprova-se nesta altura do campeonato o favoritismo sendo isolado o primeiro classificado do campeonato.

 

Grácio dos Santos

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