O Clube de Trampolins de Salvaterra de Magos (CTSM), emblema com grandes pergaminhos na formação de ginastas campeões nacionais e atletas olímpicos, está neste momento a braços com enormes dificuldades a nível das condições de treino.
A cobertura do pavilhão das antigas oficinas da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, espaço onde o clube tem o seu ginásio instalado, está bastante degradada e necessita de reparação urgente, mas o CTSM não tem capacidade financeira para suportar qualquer tipo de intervenção.
O facto do telhado de chapas de zinco não impedir a entrada da água da chuva tem provocado danos avultados nos equipamentos e aparelhos de ginástica, que são caros e, caso fiquem inutilizáveis, necessitam de ser substituídos.
"Sempre que chove, temos que andar a apanhar água no pavilhão. Metade do tempo do treino é gasta nisso, com o prejuízo de não podermos utilizar alguns equipamentos, caso o material esteja molhado", explicou à Rede Regional um dos responsáveis do CTSM, Carlos Matias, lamentando os constrangimentos que a situação está a provocar ao normal funcionamento do clube
Segundo o mesmo responsável, o ginásio, que arrancou em 1994, está bem apetrechado, permite ter cerca de 70 atletas a treinar ao mesmo tempo, e teria todas as condições para que o clube desenvolvesse o seu trabalho, à exceção desta situação.
"O nosso espaço é o único no país que tem fossa para trampolins, à exceção do centro de treino das seleções nacionais em Sangalhos, e tem sido procurado por dezenas de atletas de alta competição, inclusivamente estrangeiros, na preparação para mundiais e jogos olímpicos", frisa o responsável.
Contudo, "o orçamento do clube não nos permite sequer pensar em fazer qualquer intervenção na cobertura, seja apenas para remediar o telhado que já existe ou sonhar com um novo", explica Carlos Matias, sublinhando o esforço financeiro que o clube já suporta sempre que é necessário comprar novo equipamento para garantir os treinos.
Contactada pela Rede Regional, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, proprietária do espaço, diz-se atenta e disposta a ajudar.
"Estamos a inventariar a situação e a ver aquilo que é possível fazer, dentro das nossas possibilidades, uma vez que não temos nenhuma intervenção de fundo no pavilhão inscrita em orçamento", explica o presidente Hélder Esménio, que conhece bem o caso, visto ter sido presidente do CTSM durante vários anos.
O autarca recordou ainda que o problema com a infiltração de águas da chuva "não é novo e já vem de anos anteriores", e lamentou que a Câmara, na altura, "não tenha adotado as melhores soluções do ponto de vista técnico para o resolver".
