Segundo a discrição da própria banda, este é “um videoclipe escuro, com luzes que iluminam aqui e ali, criando sombras, criando silhuetas, que contrastam com as imagens de uma lezíria ribatejana lindíssima, de cores vivas, mas que não são suficientes para iluminar as vidas das gentes destas comunidades abandonadas, rodeadas de edifícios devolutos, já sem pesca, sem artesanato, e com o permanente barulho dos comboios a passar; o que lhes escurece os dias e entorpece as almas”.
Misturado e masterizado mais uma vez por Suse Ribeiro, este novo single traz-nos uma sonoridade pesada, melancólica, que expressa o esquecimento destas comunidades à beira Tejo, que diariamente lutam pela sobrevivência em aldeias sem condições, com uma população envelhecida, onde há pouco ou nada para fazer que ajude a escapar a uma realidade tão dura.
Ao observar estas vidas, estas rotinas, este novo trabalho debruça-se sobre a questão “recebemos aquilo que merecemos, bom ou mau”.
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