A Câmara de Santarém aprovou esta segunda-feira, 7 de Maio, a declaração da tauromaquia como património cultural imaterial do concelho. A decisão, tomada por unanimidade, surge numa altura em que os movimentos para o fim das touradas crescem em Portugal, e por recomendação da Secção de Municípios com Actividade Taurina da Associação Nacional dos Municípios.
No documento aprovado pela vereação, destacam-se algumas das ligações de Santarém à tauromaquia, entre elas a importância das “tradicionais entradas e largadas de toiros, as populares picarias e as corridas de toiros”, que “fazem parte dos costumes das suas gentes, sendo que as Festas da Cidade e a Feira do Ribatejo, das quais são indissociáveis o Toiro de Lide, o Cavalo e o Campino, constituem uma grande manifestação da comunidade”.
O documento que fundamenta a proposta, e que tem um total de 13 alíneas, recorda ainda que Santarém é berço de inúmeros cavaleiros, bandarilheiros, novilheiros e matadores de toiros. A existência, desde 1915 de um grupo de forcados, e as receitas proporcionadas para o concelho pelas toiradas e pela criação do touro de lide e do cavalo lusitano, são outras das razões para justificar a declaração da tauromaquia como património cultural imaterial do concelho de Santarém.