Joana Vasconcelos vai produzir uma escultura em bunho, num trabalho que pretende dar-lhe uma perspetiva do presente e do futuro, reinventa a partir das técnicas do passado.
A revelação foi feita pela própria artista plástica durante a inauguração da exposição nacional do bunho, que decorreu no passado dia 16 de setembro, no Convento S. Francisco, em Santarém.
“Os artesãos portugueses são a minha melhor fonte de inspiração, pelo que, quando fui convidada para este projeto fiquei interessadíssima nas potencialidades desta fibra vegetal que cresce espontaneamente na margem dos rios”, afirmou Joana Vasconcelos.
Sobre a sua presença em Santarém, a artista disse ter vindo “aprender com os mestres, olhar e trabalhar o bunho, esta arte centenária”, sublinhando de seguida que esta arte “não deve desaparecer. Devemos cuidá-la, trabalhar com ela e continuar a manter essas tradições e essas técnicas vivas”.
Esta exposição nacional do bunho, composta por 80 peças de 15 artesãos oriundos de vários pontos do país, vai estar patente até dia 26 de setembro, nos claustros do Convento de S. Francisco, e “visa reabilitar uma atividade quase em extinção introduzindo-lhe inovação e conceitos de sustentabilidade e de empreendedorismo”, segundo explica uma nota de imprensa da Câmara de Santarém, entidade responsável pela sua organização.