O Festival Internacional de Teatro e Artes para a Infância e Juventude (FITIJ) está de regresso a Santarém, este ano com um total de 37 atividades, divididas por 9 dias, de 1 a 9 de outubro.
Com grupos e artistas oriundos de 5 países – Portugal, Brasil, Dinamarca, Espanha e Inglaterra, o FITIJ, que assinala este ano a sua 12ª edição, inclui vinte espetáculos de 7 áreas diferentes de acção artística, 7 oficinas artísticas e científicas para crianças; 2 exposições na área das artes performativas, 2 formações em voz e dança, um fórum que será um espaço de encontro polivalente de grupos, debates temáticos, tertúlia, e música ao vivo; 4 flashmob’s surpresa em espaços públicos e 2 intervenções de arte urbana.
Um “desafio” e uma “ousadia” da organização, em tempo de “vacas magras” para a cultura, assumiu esta quinta-feira Carlos Oliveira, um dos responsáveis da organização durante a apresentação do FITIJ, que decorreu no W Shopping, em Santarém. “Temos confiança que será um êxito em termos de qualidade e diversidade das atividades”, reforçou.
Nélson Ferrão, outro dos principais rostos da organização do FITIJ, recordou que o festival é feito de “carolice e boa vontade” mas “sem esquecer a qualidade”.
Espalhado por vários locais da cidade, sobretudo no centro histórico, o Festival Internacional de Teatro e Artes para a Infância e Juventude terá atividades em locais como os teatros Taborda e Sá da Bandeira, o Museu Diocesano, o centro comercial W Shopping, a livraria Aqui há Gato, a delegação do Inatel, o Hospital Distrital de Santarém e até a estação da Rodoviária do Tejo.
O FITIJ tem um orçamento a rondar os 18 mil euros e as entradas para os espetáculos custam 3 euros por pessoa.
A galinha da vizinha é mais gorda que a minha
Apesar da esmagadora maioria das atividades da edição deste ano do FITIJ se realizarem em Santarém, o festival vai abrir-se a outras localidades, com espetáculos em Almeirim, Coruche e Lisboa.
Um crescimento salientado várias vezes na apresentação do festival, que este ano está inserido na programação “Verão In.Str”, uma iniciativa da Câmara de Santarém que nos últimos meses tem levado vários espetáculos ao centro histórico da cidade.
Este tema levou mesmo a uma das frases da tarde, com o administrador do W Shopping, Rui Rosa, a dizer que os escalabitanos não valorizam suficientemente o que se passa na sua cidade. “Vejo Santarém in desde que aqui cheguei, há 6 anos”, referiu, ilustrando a sua opinião com o provérbio que diz que “a galinha da vizinha é mais gorda que a minha”.
Já a vice-presidente e vereadora da cultura na autarquia scalabitana, Susana Pita Soares, elogiou o trabalho feito pela organização ao longo dos anos, sobretudo por Carlos Oliveira (Chona) e afirmou que a arte é uma das melhores armas de combate aos momentos menos bons porque todos passamos.