A arte da falcoaria em Portugal acaba de ser declarada património cultural imaterial da humanidade, numa decisão anunciada às primeiras horas desta quinta-feira, 1 de dezembro, na 11ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que está a decorrer em Addis Abeba, a capital da Etiópia.
A delegação portuguesa, composta pelo presidente substituto da Comissão Nacional da Unesco, Jorge Lobo de Mesquita, pelo presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, e pela técnica de história do município, Patrícia Leite, reagiu com natural à aprovação da candidatura, que eleva a falcoaria à mesma categoria que o fado e o cante alentejano.
“É muito gratificante ver esta candidatura aprovada, é o reconhecimento da sua qualidade e a demonstração de quando se definem objetivos, se reúnem saberes, se trabalha muito, os resultados são positivos, como foi este caso”, salientou Helder Esménio, presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, município que liderou esta candidatura em parceria com a Universidade de Évora, a Associação Portuguesa de Falcoaria e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo / Ribatejo.
“Já em 2014, e porque a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos é um dos principais cartões-de-visita no nosso concelho, é um património ímpar no nosso País e um dos poucos na Europa, registamos Salvaterra de Magos como Capital Nacional da Falcoaria”, explicou o autarca, acrescentando que “esta certificação da Unesco será mais uma oportunidade para promover o país, o ribatejo e, em particular, o concelho.
Nas palavras do presidente da Entidade de Turismo Alentejo / Ribatejo, António Ceia da Silva, “a identidade é um valor determinante na diferenciação e certificação de um destino, logo o título agora conquistado pela Falcoaria em Portugal vem reforçar, junto dos mercados turísticos, a singularidade e diversidade de um Ribatejo que se posiciona pela excelência e singularidade”.