Quase quatro décadas depois da sua fundação, em 1978, a Associação de Estudo e Defesa do Património Histórico-Cultural de Santarém (AEDPHCS) está a viver um dos piores momentos da sua história, correndo mesmo o risco de extinção.
Este perigo levou mesmo à criação de uma comissão provisória que vai fazer um levantamento da situação patrimonial e legal da associação, um trabalho que, dentro de um ano, permita a recuperação desta entidade.
Confrontados com a falta de atividade e a paradigmática situação da sede apresentar perigo de derrocada, os sócios da AEDPHCS reuniram esta sexta-feira, 15 de janeiro, em instalações da União de Freguesias da cidade de Santarém, para discutir o futuro da associação.
A situação da sede, e em particular da biblioteca e das peças ligadas à história da cidade, será uma das vertentes a trabalhar pela comissão provisória, que ficou incumbida de acautelar o espólio, encontrar possíveis espaços alternativos para a sua instalação, fazer uma avaliação da situação financeira e legal da associação, regularizar a situação dos sócios e criar as condições para a inscrição de novos associados.
A comissão, nomeada apenas pelos seis sócios honorários presentes – uma vez que os restantes se encontram em situação irregular devido ao não pagamento de quotas dado que a associação não tem funcionado – tem agora até 7 de outubro deste ano para apresentar um relatório sobre a situação da associação.
Nesse dia, os sócios voltam a reunir-se para analisar o trabalho desenvolvido pela comissão – composta por Eduardo Tavares, Lurdes Véstia e Gonçalo Mendonça – e convocar uma assembleia geral eletiva para eleger novos órgãos sociais.
Com a criação da comissão foi decidida a destituição dos atuais órgãos sociais da AEDPHCS, incluindo a direção, liderada desde 2006 por Vasco Serrano, ficando apenas em funções o presidente da assembleia-geral, Martinho Vicente Rodrigues.
