A biblioteca municipal Gustavo Pinto Lopes, em Torres Novas, vai receber um colóquio para assinalar os 200 anos do nascimento de João Andrade Corvo no próximo dia 1 de março, a partir das 14h30, constituindo-se como ação de formação certificada, direcionada a professores e educadores.
O colóquio “visa concretizar um encontro de investigadores que tenham estudado Andrade Corvo, analisando a sua ação e debatendo-a também numa perspetiva pós-colonial”, explica uma nota de imprensa da autarquia, que acrescenta que o evento terá a participação de Maria de Fátima Nunes, doutorada em História da Cultura Moderna e Contemporânea, Daniel Gamito Marques, doutorado em História da Ciência, e José Camões, doutorado em Estudos Artísticos/Estudos de Teatro e coautor da obra “D. Maria Teles: drama em 5 actos / João de Andrade Corvo”.
O evento contará ainda com uma exposição bibliográfica dedicada a João Andrade Corvo, leituras encenadas pelo grupo de teatro da Escola Secundária Artur Gonçalves e apresentação de repertório musical romântico por parte do Choral Phydellius.
Escritor, cientista e político, João de Andrade Corvo nasceu em 30 de janeiro de 1824 em Torres Novas.
Filho de um miguelista convicto, formou-se liberal depois de observar as convulsões das lutas entre os dois partidos.
Estudou medicina, matemática e ciências naturais. Foi coronel de engenharia e docente da Escola Politécnica e do Instituto Agrícola.
Na política estava próximo do Partido Regenerador e foi membro do governo, deputado e par do reino.
Enquanto ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, inspirado pelos projetos de lei inglês, prussiano e francês sobre o cooperativismo, apresentou em 1867 uma proposta de lei sobre as sociedades cooperativas, sendo emitida Carta de Lei por D. Luís I a 2 de julho do mesmo ano.
Este diploma inaugurou a legislação portuguesa sobre a orgânica cooperativa, sendo apelidada por Raul Tamagnini de “Lei Basilar do Cooperativismo Português”.
