"O peso das coisas" é o nome da exposição coletiva de escultura que está patente no centro cultural do Cartaxo (CCC) desde o dia 9 de novembro, e que reúne trabalhos de 12 artistas plásticos.
Ana João Almeida, De Almeida e Silva, José Aurélio, Rita Cabrita, Sérgio Carronha, Marta Castelo, Constança Clara, Thierry Ferreira, Virgínia Fróis, Inês Teles, João Rolaça e Luís Qual são os artistas representados nesta iniciativa, que tem João Rolaça como curador.
Para organizar a exposição, João Rolaça, um jovem artista plástico de Vila Chã de Ourique, licenciado em escultura pela Faculdade de Belas Artes e com mestrado feito em Artes Plásticas pela Central Saint Martins, em Londres, partiu do facto do CCC não acolher uma mostra exclusivamente dedicada à escultura desde a sua abertura, em 2005.
O responsável pela curadoria convidou “um grupo heterogéneo de artistas plásticos” a desenvolver e apresentar obras de grande escala, com total liberdade criativa, das quais se destaca instalações de carácter site-specific.
“Esta exposição não foi feita só à distância, obrigou também os artistas a virem ao CCC, cujo espaço não diria que é difícil, mas é um espaço complexo, muito diferente de uma galeria branca com chão cinzento, como costumamos ver frequentemente. Isso originou uma interação, uma relação e uma criatividade orientadas propositadamente para esta exposição, e isso foi muito estimulante”, explica João Rolaça, acrescentando que a adaptação das ao espaço é imediatamente visível na instalação de tapeçaria que se entrança no ripado de madeira de uma das paredes do foyer do CCC ou na estrutura piramidal construída em canas e erguida desde a cave até ao último andar do edifício.
A exposição, segundo o mesmo, pretende lançar a reflexão sobre a prática da escultura nos dias de hoje, bem como o tipo de materiais e ideias exploradas pelos escultores contemporâneos.
O título que lhe foi atribuído justifica-se porque “a escultura habita o espaço real e os escultores lidam sempre com a matéria real, ao passo que a pintura, por exemplo, é principalmente uma ilusão para outra coisa”, explica João Rolaça, que organiza pela segunda vez uma exposição.
A mostra pode ser visitada até ao dia 22 de dezembro.