A Câmara Municipal de Almeirim formalizou esta quarta-feira, 5 de fevereiro, uma queixa-crime contra desconhecidos pelo desaparecimento de um manuscrito quinhentista de D. Sebastião, que a autarquia comprou num alfarrabista em Lisboa por cerca de 4,5 mil euros, há cerca de nove anos.
O desaparecimento do documento, de grande valor histórico, já tinha sido denunciado em 2012 pelo arquiteto Elias Cachado Rodrigues, um grande entusiasta da história local que criticou, na altura, o facto do manuscrito não fazer parte da exposição sobre os 600 anos de Almeirim.
José Sousa Gomes, presidente da Câmara de Almeirim no anterior mandato, desvalorizou a questão e chegou a afirmar numa reunião pública que o ia procurar no seu gabinete, onde guardava artigos e objetos que eram propriedade do município.
Já este mandato, o agora presidente Pedro Ribeiro pediu ao vereador da cultura, o historiador Eurico Henriques, que tentasse localizar o manuscrito nos paços do concelho.
"Perante o facto de não termos conseguido encontrar o documento, fizemos o que nos competia, ou seja, apresentámos queixa na GNR", explicou à Rede Regional Pedro Ribeiro.
Segundo o autarca, a competência da investigação passa agora para a Polícia Judiciária, por se tratar de um objeto histórico valioso.
