Os funcionários da Escola D. João II, em Santarém, estão em greve esta sexta-feira, 24 de outubro, contra o que dizem ser as “graves dificuldades” que o estabelecimento de ensino enfrenta diariamente diário devido à falta de assistentes operacionais. Sem funcionários suficientes, a direção do Agrupamento Sá da Bandeira foi obrigada a encerrar a escola e a mandar os alunos para casa.
Segundo a Rede Regional apurou, atualmente, a escola acolhe cerca de 800 alunos, do 5.º ao 8.º ano de escolaridade, o que, de acordo com a legislação em vigor e tendo em conta o número de alunos, obrigaria a ter 22 assistentes operacionais para assegurar o normal funcionamento das atividades escolares. Contudo, três destes funcionários encontram-se em baixa médica prolongada e onze desempenham funções específicas (bar, papelaria, reprografia, pavilhão, portaria, biblioteca e apoio a alunos com necessidades especiais), o que limita a sua disponibilidade para outras tarefas essenciais.
Existem ainda outros assistentes operacionais integrados em programas específicos, cuja presença não é contínua, agravando a situação de insuficiência de pessoal.
Apesar das dificuldades existentes, vários assistentes operacionais têm demonstrado grande empenho e colaborado da melhor forma possível, procurando garantir o regular funcionamento da escola e o apoio aos alunos.
Ainda assim, a escassez de recursos humanos compromete funções vitais como a segurança, a limpeza e o acompanhamento dos alunos, sobretudo daqueles que necessitam de apoio permanente, pondo em causa, segundo os funcionários, o normal funcionamento e a qualidade das condições educativas.
Os funcionários, que na manhã de hoje receberam o apoio simbólico de vários professores, defendem uma intervenção urgente das entidades competentes para que sejam adotadas medidas que permitam reforçar o número de assistentes operacionais, assegurando o bom funcionamento e a segurança de toda a comunidade escolar.
A greve na D. João II insere-se na greve nacional da função pública marcada para esta sexta-feira, para a qual se espera a adesão de professores, educadores e auxiliares das escolas, médicos, enfermeiros e auxiliares dos serviços de saúde, trabalhadores dos transportes públicos, inspetores e funcionários do Fisco, funcionários judiciais, entre outros.
A Rede Regional tentou obter uma reação do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira mas ninguém atendeu o telefone.




























