A Casa João Manuel, uma estrutura residencial da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) de Santarém, com capacidade para acolher 17 pessoas, foi inaugurada oficialmente esta quinta-feira, 27 de março.
A nova unidade, situada na Rua de S. Francisco, junto ao Jardim de Infância do Cartaxo, acolhe 12 utentes em lar residencial e cinco em residência autónoma.
Este momento tão aguardado pela APPACDM de Santarém foi definido pelo presidente da instituição como “o concretizar de um sonho”, que começou a tornar-se realidade no dia 11 de maio de 2012, com o lançamento da primeira pedra. Luís da Silva Amaral recordou a frase que pronunciou na altura, “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”, afirmando que “não chega sonhar, é preciso também querer”.
O presidente da APPACDM de Santarém acrescentou que a obra teve um custo final de cerca de um milhão de euros e que “só foi possível com a união de muitos esforços e vontades”, a começar pelo apoio do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, do construtor e técnicos que acompanharam a obra, da Câmara Municipal do Cartaxo, dos empresários e colaboradores da instituição.
Na cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara do Cartaxo defende que “o verdadeiro cimento de uma comunidade forte e sólida são os laços de afeto” e acrescentou que “uma sociedade mede-se pela forma como tratamos e ajudamos os mais desprotegidos”.
“O Cartaxo está hoje mais rico, porque consegue hoje proporcionar a estas pessoas condições para que possam construir o seu projeto de felicidade”, concluiu o autarca.
O diretor da Segurança Social de santarém, Tiago Leite, fez um agradecimento especial à família Freire, que doou a propriedade onde nasceu a Casa João Manuel, afirmando que “se a vida do dia a dia fosse mais assim, estou convicto de que teríamos uma sociedade bem melhor e conseguiríamos sair do marasmo em que nos encontramos”.
A diretora técnica da instituição, Maria do Céu Dias, considera que a Casa João Manuel contém sonho, memórias, amor, afeto e sensibilidade e nasceu de uma “grande vontade”, concretizada 18 anos depois de ter prometido à família Freire que iria desenvolver todos os seus esforços para tornar este sonho realidade.
Muito emocionada, Maria Helena Freire recordou “os dias de grande felicidade” que a família passou na casa de verão no Cartaxo, hoje Casa João Manuel. “O João gostava muito de aqui estar, fomos muito felizes aqui e toda a gente se sentia muito bem aqui. Já no início esta casa foi abençoada e agora é a casa do meu filho, esperamos que seja para a eternidade”, referiu a benemérita.a
































