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Santana-Maia Leonardo

Santana Maia LeonardoPensava eu que os alentejanos eram os únicos que recusavam obstinadamente que Portugal se resumisse a Lisboa, ou melhor, à cidade Lisboa-Porto na feliz definição do Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles. Enganei-me redondamente. Pelos vistos, até aos alentejanos já se conformaram com esse facto.

O nosso primeiro-ministro foi presidente da Câmara de Lisboa e o actual Presidente da República foi candidato à Câmara de Lisboa, sendo ambos alfacinhas de gema. Assunção Cristas foi candidata à Câmara de Lisboa, sendo presidente do CDS. Os candidatos a líder do PSD, por sua vez, são ex-presidentes da câmara de Lisboa e Porto, sendo certo que, nesta cidade Lisboa-Porto, o Porto representa a periferia e os arredores. Ou seja, Lisboa olha sempre para os portuenses com alguma desconfiança, a não ser que sejam benfiquistas ou sportinguistas assumidos.

Para além de Lisboa e Porto, nada mais existe. Os últimos resquícios do Alentejo, Algarve, Beiras e Trás-os-Montes nos diferentes poderes da República Portuguesa são uns políticos e jornalistas residentes em Lisboa e de onde não pensam sair mas que gostam de alardear, por puro snobismo, o seu orgulho nas suas raízes alentejanas, transmontanas ou algarvias.

Como alentejano, não posso, por isso, aceitar que o Lusitano de Évora tivesse decidido ir jogar a eliminatória da Taça de Portugal com o Porto precisamente a Lisboa. Nas anedotas, os alentejanos tinham fama de só irem a Lisboa para verem as “meninas”. Agora pelos vistos, também vão para serem sovados e humilhados por uns matulões do Porto. Modernices!

O Alentejo tem praticamente metade do território de Portugal. E não há um campo de futebol em todo o Alentejo que pudesse receber este jogo sem termos de sofrer a suprema humilhação de ir jogar a Lisboa? É que, se no Alentejo não há, ao menos, um campo de futebol, então temos de dar razão ao ex-ministro Mário Lino quando disse que aqui não havia nada: “nem gente, nem escolas, nem hospitais, nem cidades, nem indústria, nem comércio, nem hóteis”… E, pelos vistos, já não há sequer um pingo de dignidade e orgulho.

Secou tudo!

 



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